A alma se cala ao som plangente dos violinos
em adágios de saudades que nunca se vão...
É como um silêncio que tremula perdão
entre as hastes das crinas ensolaradas do tempo
e escreve estradas na superfície espelhada de meu Mar.
São assim as telas que refulgem sóis
por entre as sombras de nossa noite.
A poeira das cavalgadas
e o marujar das lâmpadas na beira do cais
anunciam o porto e o refúgio
para o adormecer da alma embarcada de luz.
Ao longe o entardecer deixa um canto-íris
se desenhando na balaustrada de meus navios.
Sou como o vento amor... sopro tuas velas
para que teu barco voe sempre
em direção ao meu céu, rosa e azul,
criptonita e remanso para o corpo cansado
das guerras entre sombras e luz...