Sigo sem pressa a onda do vento.
Me deixo levar
pela lentidão dos segundos...
Me abandono na pauta
dos silêncios profundos
e sozinhos.
Sou flor a planar
meu sonho de asas
sobre a folha
que desce as meigas águas
deste igarapé de estrelas
e luas reluzentes.
Se me deixo guiar
pelos caramanchões de luz
que tingem meus olhos
de universos e horizontes,
não é porque não saiba mais
pousar minhas asas,
mas porque, finalmente,
aprendi a voar...
Poema e foto: