Sei que é preciso
desumanizar a mente
para que o amor
se rompa em mim
em nudez absoluta.
Por isso, busco refúgio em ti...
para entregar
meu excesso de outonos,
meu lirismo de tempestades,
meu tédio,
meu medo
e minhas sombras...
nossa dança...
frenética,
infinita...
Quero morrer terra e fogo
e não das labaredas as cinzas...
preciso florescer sementes
e brotar flores
na densidade e cumplicidade
de meus desertos...
Então, busco refúgio em ti...
Pois este amor que possuo é teu,
este corpo que é meu tu habitas,
este coração que bate em mim
tem o teu dentro dele...