Olhar no olhar, o sorriso nos olhos
O brilho de sentimentos que o sonho vê...
Aquela vontade de ficar... de ir... de voltar...
De voar para o abraço querido...
E o tempo que escoa lépido como um rio
para a parte debaixo de nossa ampulheta.
Que fazer se o mundo gira sem parar?
Se o calendário da parede descama folhinhas
nos braços que sonham buscas e esperas?
O tempo não para! O instante, eterno, não chega...
O olhar não comporta mais tanto sentimento
nem consegue acalmar a fome de saudades
e as mãos embriagadas de procuras...