Reconhecer a impermanência da vida,
a efemeridade do tempo,
a transitoriedade das horas
que vão e não voltam mais
é absorver o conhecimento a nós entregue,
com olhos de aprendiz que ainda brilham
e fazem da alma morada do milagre e do belo.
Essa capacidade de observar
a partir dos sentimentos que nos atravessam,
do retorno das profundezas de nós mesmos,
do poço da alma em ebulição -
é a explicitação do processo de maturação,
de crescimento e transbordo do conhecimento adquirido
e da liberdade de se saber quem se é, ser quem se é,
saber-se necessitado de absorver esse saber,
se reinventar e aprender
com a travessia do barco da vida
em busca de si mesmo e do outro em nós.