Se há lágrima, há sal,
se há sal há um diferencial
que tanto pode ser
o tempero da vida,
como o remédio
para a cura da alma.
Muitas vezes é
no silêncio entardecido
que nos encontramos
a nós mesmos.
E se nos encontramos
é porque
o silêncio chegou
no tempo certo.
Entregar-se ao silêncio,
abrir o riso em seus braços,
arder na brandura da morte
é compreender
que planos são sim infinitos
quando podem ser construídos
e mudados todos os dias.
Nada é estático na vida.
Nada é definitivo,
nem a própria vida.
Mas se há amor,
se há paixão em viver,
se há desejos
(mesmo os mais secretos
e invisíveis aos olhos ao redor),
se há ânsias,
o infinito se faz morada
e o mundo ganha
novas matizes para o viver.
É quando o sonho
se torna infinito e eternidade
para o voejar de pés
e asas ardentes de vida e luz...