Não sei, mas... talvez...
talvez, não importa mais...
porque o que pra um significa tanto,
para o outro pode nada dizer...
são as incongruências da vida
que preciso, do todo que me ateve
aprender a, claustrofobicamente, aceitar...
Rastejo fronteiras na palidez do voo que me tonteia e aniquila...
se me descreio de mim mesma,
se me dessinto do que fere e dói...
se me afasto para me desfazer das asas e do canto ..
do sem sentido em mim...
olhos profundos, tristes e penetrantes
se perdem, esgotados de brumas,
nos goles de silêncio
e busca de um novo amanhecer...
Prosa e foto: Maria.