Quem vive de raras esperanças sou eu.
Sou eu que acredito no sonho das estrelas,
que conheço estradas de dor,
abandono e decepção
e mesmo assim acredito nos sonhos!
É possível, é possível!
me disse um dia
um velho carpinteiro de palavras.
Hoje me entreguei as desistências,
de ir, de estar, de procurar.
Hoje me associei as correntes atadas nas mãos,
coração às esperas de que o sinal abra
e a direção do voo de tuas asas pouse em mim.
Não tenho bandeiras, nem pátria,
mas carrego, dentro do meu, um coração
amalgamado ao amor e isso me basta.
Amar e glorificar o amor é meu lenitivo de vida.
É este amor que te entrego, puro, incondicional,
inteiro e brando de paixão latente.
Não tenho macieiras e delas não posso ser.
Sou dengo de luz e chameio meu sentimento
em botijas de amor e pontos de luzes
que se acendem em meus olhos e navegam,
plenos de almejos de amor, em uma só direção:
o caminho querido do teu coração!