Vivi o tempo dessa epopeia de contradições em mim.
Também me alimento, e à minha poesia,
dessa realidade real, no corpo o desejo,
o desafio, a exaltação e do Amor a glorificação.
Escrevo livre, sem temor, com o coração.
São minhas as mãos que apagam as lágrimas da face,
acalentam a dor que lacera a alma
e buscam amainar o sofrimento
desse íntimo pássaro ferido que mora em meu coração.
Não há nada indisfarçável em meu poema.
Tudo explícito na implicitude da alma
que a si mesma se desenha,
mesmo em seus conflitos, em seus medos, angústias,
como em sua beleza de amar, em sua plenitude em esse amor
e a si mesma cotidianamente se entregar.
Não disfarço a ousadia, não escondo o olhar,
nem o sorriso que tão corajosamente
estampa os pontos de luzes que traduzem almejos de amor,
que buscam a fonte geradora da vida,
o ritmo e a energia do Amor
que move o Sol e as outras estrelas
e mora entre os juncos mais queridos,
os lhiames encantados do jardim mais lindo,
desse nosso Santuário do Coração!