Mas é nos perfumados prados do meu peito
que desenho partituras de amor
e rabisco delicadas flores do meu sangue
sobre o pergaminho do tempo.
Falo dos subterrâneos da alma,
do subsolo do ser que arde incandescente
a seiva pura da vida
e o magma ensurdecedor do amor
que absurdamente toma minha alma.
Haverá dias mais belos
do que aquele em que se amanhece,
olhos embevecidos pelo cheiro das rosas
e o som da passarinhada
num novo e estonteante layout do amor?
Dedilham notas os dedos de piano,
dedilham cores que sobem e descem
ao ritmo das batidas do pulsar do meu coração.
É a sua maneira de falar,
o seu jeito de me dizer: - meu bem!
eu te amo!
Como antes nunca amei alguém!