As flores sorriem nas manhãs
e dançam com o Sol
enquanto as estrelas dormem.
A quietude faz acender luzeiros
e o silêncio é gritante.
Fala por sussurros,
olhos escondidos,
fixos nas pétalas
que deslizam meiguices e paixões
de um lado a outro da noite.
O campo é de sementes
e já foi lavrado pelo arado
que, cortante, aumentou a dor da terra
e as ânsias por um licor ou bálsamo
que amaine a ferida
e embriague a alma
para mais um plantio.
É o silêncio a minha manhã.
Acordada e sensível às plantações
e seus obreiros de cevada e pão,
para semear felicidades,
flores e amor na mesa sedenta
ardente de luz, entrega de amor e paz...