Maria
Prosa e Poesia
Capa Textos Fotos Livro de Visitas Contato
Textos

Túnel de Dor

 

Por quanto tempo busquei

me surpreender com os acasos,

debulhar minhas ânsias,

chorar as feridas cravadas no peito

dessa alma sempre em ebulição.

 

De quimeras e sorrisos

almejei um poema em flor.

 

Mas o espelho me devolveu

um olhar distópico e atunelado

de dor e solidão.

 

Em sua mão

um poema enlutado:

 

"sou homem sem idas

e sem voltas...

homem de adeus,

de flores e cores

leves e flutuantes,

sem amor,

a morrer aos poucos

de mim mesmo me exaurir...

para que para sempre

todos saibam

- e chorem em dor -

de meu nunca existir"! 

Maria
Enviado por Maria em 26/08/2023
Alterado em 26/08/2023
Comentários