Maria
Prosa e Poesia
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Depositário do meu amor
... "o vento sopra onde quer e nunca mais volta ao mesmo lugar. a brisa que nos toca a face é sempre uma nova brisa, com um novo perfume, com um novo propósito de vida. estende a mão, sinta o vento perpassando seus dedos. ouça-o e vais compreender o que é impossível de entender: os mistérios da vida, os mistéris do eu, os mistérios do amor... mistérios que assim como o vento, sopram onde querem"...

as asas do vento decidiram soprar
a brisa desse amor em meu coração
e depois levá-lo pelos dedos dos sonhos
para entregá-lo a ti, nas linhas de uma carta,
nas folhas de uma poesia,
nas pétalas de uma flor
porque minha alma escolheu você
como depositário de meu amor...
eu também não compreendo
os mistérios do vento que sopra onde quer.
mas compreendo que o vento soprou
teu nome ao meu coração
e desde lá, minha alma queda-se
em ternura e amor desmedidos.
ouça nas cantigas do vento
o desejo do meu coração.
não deixe nosso mundo apagar na bruxaria das cinzas.
não permita que lampejos de dor
acordem o sofrimento outra vez.
acenda a chama da paixão e do desejo de falar,
de estar juntos, de partilhar sentimentos.
nada ficou para trás.
tudo está aqui, diante de nossos olhos,
basta abrir as mãos do coração
e acender o sinal verde
para o compartilhar de sentimentos.
é só que temos.
é só o que a vida nos permite exprimir.
tolhidos em viver os sonhos,
não a deixemos tolhir também o sonhar.
é só o que nos resta.
amar e sonhar esse amor em palavras,
nas linhas de uma carta
que vai sussurrada pela brisa do vento
que sopra onde quer.
vento esse que soprou sua brisa
em meu coração, iluminando minha vida
com os raios de luz de um sol de amor.

25/11/2007
Maria
Enviado por Maria em 30/08/2023
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