É a possibilidade do encontro, o espaço de reflexão, a felicidade de se saber capaz de falar e calar, de caminhar senhor de sua própria vida, independente do que o mundo possa entender ou pensar. O estar em silêncio nos permite confabular com nossa própria alma, com nosso próprio Eu, o Eu que nos habita, o Eu que se soma a nós e nos faz viver em totalidade do Ser. Estar em silêncio é compreender a grandiosidade de nosso interior, a amplitude de nossa mente, do intelecto, do conhecimento, da vida. Tudo isso não nos põe a falar, tudo isso nos cala, nos faz silenciar para reverenciar a vida, o universo, nós mesmos, nosso Eu interior, a completude da alma que a si mesmo se reconhecer nos voos e estradas que em busca desse si mesmo já caminhou. A jornada da vida passa pelo silêncio, aquele dos sábios, dos que compreendem que não existem palavras que possam expressar o moto contínuo da vida, a amplitude e a grandiosidade do instante vivido. Assim é a vida, assim é o amor, assim é a paixão, assim é a poesia, que a si mesmo se cala, para ao mundo, em silêncio, falar...