Não tenho palavras para falar da dor que me toma a alma quando teu nome bate forte no meu coração. O peito dói ao viver a tristeza e a dor destes dias.
Talvez você nunca irá ler essa carta. Mas eu preciso escrevê-la para que as lágrimas possam desenhar nossa história em minha face e marcar os laivos da dor vivida.
Nunca imaginei, sequer pensei que um dia ouviria de você palavras tão doloridas e fortes como essas que saíram de tua boca para me ferir de morte. Ainda não sei depurar essa dor. Ela está engasgada em algum lugar e teima em não subir pela tampa do poço em ebulição e sofrimento...
É como se o sangue parasse de pulsar em minhas veias, como se a vida perdesse o sentido... e eu não me reconhecesse mais em mim e nem reconhecesse você em você.
Eu queria gritar de tanta dor. Eu queria esmurrar o mundo, quebrar todas as vidraças, espalhar os cacos quentes ao chão e caminhar por sobre eles, pés descalços para que o sangue jorrasse finalmente e se movimentasse dentro do peito permitindo ao coração pulsar e viver.
Eu não encontro palavras para me expressar. Só sei sentir. Não encontro como dizer o sentimento, como dar visibilidade ao coração ferido.
Mas ele está em cada linha, ele está em cada lágrima que escorre abundante pela face.
A voz enrouquecida não consegue falar. A mudez destrambelha o peito e a dor pungente quer parar o coração...
Não tenho, não encontro palavras para falar da dor... Só sei chorar...
Talvez eu não esteja mais aqui quando leres esta carta. Saiba que, em meio à dor, meu amor por ti se sobressai. E meu pedido diário é que você nunca sinta essa dor em ti, que possas te encontrar em teus perdidos, te achar em meio ao caos que se fez em teu mundo interior.
Que encontres a paz em Deus e sigas tua imensa jornada pela vida acreditando em teus sonhos e num caminho de paz para tua alma atribulada pelo medo e a dor...
De longe eu te amo meu amor, meu amado. De longe eu sempre vou te amar...