Maria
Prosa e Poesia
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Da dor causada...
Talvez, talvez eu (você) ainda precise acreditar mais em mim. Entender que como me olho no espelho o espelho se vê em mim. E a reação é a minha. Fugir, se esconder, usar máscaras. Na verdade não sou eu que estou com a cara escondida atrás das asas de uma ave que sou eu. Não sou eu que não sou corajosa para sentir o mundo, viver nele e caminhar nele sem amarras, sem máscaras e enfeites. Não sou eu que uso de subterfúgios, de jogos, de acordos e acertos para falar o que me vai no coração. Olha meu diário de vida, olha minhas cicatrizes na cara  - não consigo ver as tuas nesta tua carta sem sentido, cheia de raiva e dor, uma afronta sem explicação eternizada num pergaminho do tempo, carregada de desamor - . Olha ao teu redor, você respira raiva ao invés do amor que lhe é dado. Eu não sei porque mundos você anda, não sei quem de morte te feriu, não sei que veneno bebes todos os dias para pegar as facas e jogar com tanta vontade com quem passa ao largo de teu jardim. É triste não ver-se amado, não entender acarícios de amor, confundir sentimentos e negá-los... Olha! Passa no MEU JARDIM, veja as flores, toque as asas, a melodia... o amor, puro e verdadeiro... se isso não tocar seu coração, cara, não há mais nada, nem ninguém que possa alcançar você...

22 de setembro de algum passado guardado nas páginas de um diário da vida.
Maria
Enviado por Maria em 04/09/2023
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