... abriu o veio de ouro que tenho nas veias..
... deixa aberto...
... abre e fecha sozinho...
não tenho domínio sobre essa porta...
... acho que tem...
...só se estiver aberta
mas não de abrir
são gatilhos que abrem...
... aqui só tenho frestas...
nunca portas ou janela...
... acho que outras pessoas tem a chave
que eu não tenho...
Também vivo de frestas
e por elas que descobri
que tenho sonhos e utopias...
... você? mar profundo e céu aberto...
... Aspirações mais... ou bem, bem profundas...
Talvez seja esse Mar profundo e Céu aberto
com territórios de esperança no horizonte..
... Mergulho... voo... pouso... rasante...
... Que só deixam visualizar pelas fendas na rocha submersa,
pelas frestas que surgem entre uma nuvem e outra
a vagar universos...
Bem assim: mergulho, voo, pouso rasante...
Asas salpicadas pelo sangue de meu próprio voo
... Quando não sei interprestar meus próprios mapas..
... Não és pássaro... és todo o voo!
O horizonte e o pousar!
Dona de seus caminhos!
Aproprie-se!
... Dona de meus caminhos,
só falta me apropriar...