Ele me disse que tenho
um veio de ouro nas veias...
sim, talvez tenha. Se sim...
... abre e fecha sozinho...
não tenho domínio sobre essa porta...
...só se estiver aberta
mas não de abrir...
são gatilhos que a abrem...
... acho que alguém tem a chave
que eu não tenho...
Também vivo de frestas
e por elas que descobri
que tenho sonhos e utopias...
... Aspirações mais...
ou bem, bem profundas...
Talvez seja sim
esse Mar profundo e Céu aberto que falas
com territórios de esperança no horizonte..
... Que só deixam visualizar o mundo
pelas fendas na rocha submersa,
pelas frestas que surgem entre uma nuvem e outra
a vagar universos...
Sim, talvez seja assim,
bem assim: mergulho, voo, pouso rasante...
Asas salpicadas pelo sangue de meu próprio voo
... Quando não sei interprestar meus próprios mapas..
Sim, talvez eu não seja Pássaro como falas,
Talvez seja sim... todo o voo...
... Dona de meus caminhos,
só falta me apropriar...