Primícias da Paixão
Ouso cantar da beleza "das brumas num poente incerto".
Do entorpecimento silente das saudades...
Das lembranças que abraçam a alma num verso,
Das "almas dolorosas'"que escondem suas verdades.
Queria falar das campânulas de amor latente
Das sirenes solitárias tocadas pelo vento...
Do tagarelar das tardes - a pressa ausente -
Do adormecer entre as palavras escritas pelo tempo.
Queria dizer dos sonhos que se vão...
Do olhar que te fita em luzes e carícias,
Das preces que são beijos em tuas mãos...
A clamar pelo amor, em profunda timidez...
Da paixão ardente, florescente de primícias...
Desta Alma em versos, em toda sua nudez...