E bate um vento de brisa.
Um sopro para quem
está no fundo do poço.
E é tenebroso o nada ao redor,
o silêncio do sepulcro,
a solidão de duas asas.
Olho a parede,
o muro de terra me cercando.
E só saem murmúrios dos olhos.
Escorrem como labaredas pela face.
E se extinguem cinzas
nos lábios trêmulos,
adentrando a alma outra vez,
para reiniciar
o ciclo de descida ao abismo.
Diálogo com um amigo em momento de crise.