Caminhe
pelo meu silêncio,
sinta na pele
o arder do vento
que assola
minhas
estepes interiores.
Ouça o rumor
das ondas
de tempestades
que afloram no horizonte
de meus pra dentro.
Surfe em suas nuances
e se abale com o impacto
do som ensurdecedor
do meu coração.
É o meu silêncio que fala,
é ele que grita!
Que ergue
a mão do abismo
em meio ao vento
e chama
por alguém
que a segure.
Não há paz.
Nada é azul agora.
Não há silêncio da dor,
nem do amor.
Há, sim, um vácuo,
um nada, um vazio
entre meus pés
e o fundo o abismo.
Chegando lá...