Trago um pássaro de amor dentro do peito,
o mesmo que um dia eu carregava
pousado em cima do muro.
Que tantas e tantas vezes calou-se,
tão pequenino e triste...
esperando o finito infinitamente...
Trago um pássaro de amor em meus pra dentro...
dissolveu a dor e secou a lágrima...
ascendeu seu devenir num abraço querido,
num importar-se, saber-se existir, alguém...
num aninhar-se no ninho do amor, o leito...
Abriu asas na dança do paixão
e seu bico melodioso e puro,
onde o amor nasce poema e canção...
na lucidez de seu canto de amor dentro do peito...