Também já suspirei pela paz das sepulturas,
já clamei pelo adormecer do coração,
pela celebração dos empórios
de lápides e tumbas
nas curvas e palmos da terra.
Já rondei o mundo em insanas quimeras
como as que hoje cega parte da multidão.
Vivi a escuridão dos túneis interiores,
caminhei por cavernas como uma toupeira
e me escondi do mundo, de ti e até de mim
enquanto minhas faces se inundavam
de lágrimas que nunca vi...
Cantei o fado, chorei a ausência de ventura
e, agarrada aos lastros da morte,
me entreguei ao seu doce agrado.
Foi então que a luz brilhou em mim...