Um silêncio se derrama sobre o cílio dos olhos.
Um olhar adormecido de sentimentos
por nuances que se desenharam
no emaranhado dos dias...
É preciso silenciar
para tentar compreender
o medo de perder,
o medo de não ser dona de nada
a não ser do tempo que passou.
O medo mais profundo
é aquele que me veste os pensamentos
de que só a minha poesia é amada...
O medo de nunca tocar o sol com as mãos,
de nunca ter o beijo de seus raios amados,
- quentes e brilhantes - em meus lábios,
de nunca sentir seu olhar de amor
aquecendo minha face,
olhando embevecido em meus olhos...
me dizendo: mulher enluarada -
dama de cordeis de palavras
de violinos e violoncelos de amor -
acredita! Sou teu!