Galenas da Alma
Quando estou pra baixo, cansada até de mim,
afogada em minhas próprias enchentes interiores...
quando vivo em anonia de vida,
me perdendo das galenas da alma,
(des)sintonizando-se até de mim...
é porque me falta aquele olhar de profundidades,
aquele toque de cumplicidade com a vida
e o que nela pulula...
Talvez seja por isso
que ando golpeando versos (in)lúcidos,
tecendo serenatas tristes e melancólicas...
o olhar perdido ao vento,
sempre procurando um porto,
um cais, uma ilha pra aportar...
aprisionada em cada palavra que não disse...
o silêncio que, declaro, há milênios
deve agora - pra sempre - começar...
Maria
Enviado por Maria em 12/10/2023
Alterado em 12/10/2023