Uma porta aberta - talvez para sempre, talvez não.
Um sonho de amor no interior de um coração -
guardado em segredo, pungente de emoção,
entregue a um relicário do sentimento, amor-paixão.
Reconhecer o amor profundo e latente.
Admitir as impossibilidades pelas escolhas feitas -
outros amores, outros caminhos...
Mas, admitir também não conseguir esquecer,
seguir lembrando o amor guardado...
os olhos ainda procurando em todos os rostos,
em todas as faces o amor de eternidade que guarda -
seguro e calado - no peito, no coração.
Que seja sempre esse amor o farol do outono da vida do poeta.
Que em seu entardecer possa sempre lembrar
o quanto amou e o quanto foi amado.
É a dádiva mais preciosa da vida:
amar e ser amado - mesmo que se escolha não viver esse amor.