Vestida de andorinhas
trouxe no bico e nos olhos de floresta
uma aura de luzes
que calou a lágrima pendente
dos carvalhos e pinheirais.
O cheiro destas águas
paira nas raízes
que se prendem nos rochedos
e deslizam pelas grietas
para criarem
túneis de felicidade no coração.
Sou o vento, sou a maresia
que envolve tua face de carícias -
meu beijo soprado em tua boca -
acordando tuas manhãs.
Vês o sorriso na alma e nos olhos?
Torrentes nascidas neste Mar
vestido de andorinhas,
olhos de floresta envolvidos
numa aura de luzes
que calou nossas lágrimas
para o sorrir constante do coração.