É emaranhada nas densas
e profundas tramas da poesia
que me acalmo e me acho.
É como uma ilha de plenitude
e intensidade espiritual.
Parece um oásis
em meio ao deserto escaldante.
E nele me achego.
Nele me envolvo.
Tal qual lagarta em seu casulo.
Mas quem não quer,
envolto ao redor de si,
um casulo de belezas?
Um mar de plenitudes
ecoando no coração?
Feira de sabores
dando colorido
aos primeiros raios da manhã?
E nestes meus delírios
de profundidade
é que sinto o leve toque
da esperança imorredoura
de que um dia...
essa alma feita de estrelas...
galgue os degraus dos sonhos
que tremulam
estandartes de luz
num peito amalgamado em poesia...