Eu falo de um amor ancestral,
eu falo de um amor de longa data.
De um sentimento que já navegou eternidades
e é mais forte, intenso e profundo
do que o amor de almas-gêmeas.
Falo da chama-gêmea,
de duas almas
que não só se olham no espelho,
mas que se tocam e se amam
no tempo e no espaço
e juntas, mãos e corações,
vão tecendo sua própria
galáxia de Eternidade.
De duas chamas acesas no espaço,
que são uma só, que caminham juntas,
muitas vezes, em paralelo,
que se conhecem tão profundamente
e que sabem que são um só.
Falo dessa conexão entre dois seres
que se sabem duas metades de uma mesma gema,
de uma joia, uma pedra de rara beleza.
Falo de dois corações
que sabem que se pertencem,
que se completam profundamente,
que estão sempre perto, juntos, dentro,
em almas, corpo (um só) e pensamentos.
É disso que falo...
desse amor de plenitude,
desse amor de completude
que transcende todos tempos,
o espaço, as eras,
se fazendo eternidade
ao finalmente se mesclarem
e seguirem sendo o que somos:
dois, sendo somente um...