Quem caminhou essas janelas
espiou por estes alpendres
esticou o olho para o horizonte na vidraça
e quantas vezes sonhou descer pelos galhos da árvore
e seguir mais uma milha, ou mais uma jornada de vida pela rua
até encontrar outra árvore para subir?
Um sonho de uma abóboda perto do céu
uma abóboda com uma torre de janelas
abertas para todos os lados do mundo
conectando a alma das pedras ao céu
emendando o espaço, ligando o tempo,
conectando os séculos...
O que será que imaginava o poeta das pedras?
que sonhos teve para cada janela?
quantas lágrimas para encontrar a medida perfeita
a vidraça que tivesse olhos para a alma?