Despertam transbordos
nos múltiplos inícios
de um poema de luz.
As mãos tecem amarras
para que nenhuma vírgula
se solte da alma.
Um pensamento
se atrela às palavras:
se fosse uma estrela
navegaria o céu
pra te invadir.
Desbravaria teu espírito
em plenitude e graça.
Mas... sou pálida rosa.
Sacio minhas angústias
no hálito do silêncio...
Por isso, me acordam
transbordos de poemas
entardecentes...