Não quero mais andar torquilhada
de dores e sonhos desfeitos.
Quero beber horizontes
com olhos bentos de andorinha
e voejar universos
nunca dantes descobertos.
Não quero mais ocasos em minha vida.
Nem desertos de pedra brita
e despeços de vida atrapalhada.
Quero só chegadas e que nunca
– jamais - haja outra vez partidas.
Quero o sol tecendo luz em minhas auroras
e descerrando rendas coloridas de amor
em meu entardecer de pedras preciosas.
E que a lua vire sol
para que haja luz e lareiras encantadas
em minha noite de doces procuras...