As manhãs nascem
nas madrugadas insones,
quando os olhos
perscrutam a imensidão
e se fixam
na janela do tempo
profundo
em busca de beijos
e abraços de luzes.
A escuridão
ainda
se faz sentir
e a poesia já pousa
sobre os páramos da alma
como os pássaros
que cantam
na magia do arvoredo,
nas sombras das folhas
em gorjeios
a despertar o sol.
Não posso saber
ao certo
o que ele sabe
neste manhã,
mas posso
imaginar a luz
adentrando
sua retina
e batendo forte
o coração...