Para pousar faz-se necessário estar voando.
Para o voo necessitamos asas abertas.
E, quantas vezes, o mundo as tolhe?
Ou somos nós mesmos a nos tolher as penas
que nos possibilitam erguer os olhos para o horizonte
e saltar o penhasco da vida
sem medo de nos entregar às brisas
que sopram e nos permitem alcançar alturas inimagináveis?
De longa data descobri minhas asas e alcei céus
que não quero mais abandonar.
Tantas vezes já caí em meus próprios abismos,
mas me levantei qual fênix
e águia ardente de ventos
me atirei em direção às nuvens sem medo,
em pleno encantamento pelo mistério do voo,
pelo encantatório da paz
que se conquista ao desfrutar
a brisa soprando nossos cabelos
e os braços da Vida
dançando luzes com nossa alma no ar...