coniventes a um tempão
com a dor do pobre.
esbarramos nossas pisadas
em mundos de festas
e vilas de outro país...
longe, bem longe da terra de casas,
feitas de tábuas e amarras,
consideradas por nós
imundas, vagas e tortas,
penduradas como que em ganchos
em morros assimétricos
e rente ao pó dos reprimidos.
somos como gafanhotos
que devoram a vida alheia,
vândalos e ladrões de quem
nós mesmos tornamos desigual.
e algumas vezes por pena, comiseração,
para ser bentos, nos redimir...
ou por sermos fiéis de casca grossa
nas missas de finais de semana,
nos esticamos à uma miséria -
de nossa polpuda riqueza - repartir.
É preciso romper com o que está posto e implantar um novo projeto societário. Só assim haverá transformação social.