Somos tão efêmeros,
mas bebemos da nossa vida,
nossa pálida vida,
no viço da eternidade.
Rodopiamos no azul do céu,
vergados, enfunados,
no rumor do vento sul,
na indiferença da finitude.
Rolamos na esteira do tempo,
nas mãos, um ramalhete de versos -
sem saber que são eles -
nossa vida eternizada...
na poesia de um livro aberto...