Que se recolham os copos,
que se retirem as louças,
se desmanchem as mesas...
A festa acabou.
O convidado principal não veio
e a flor do dia não dançou
a valsa da vida em seus braços
como tanto sonhou.
Foi um dia de chuva nos olhos,
de tez nublada e sorrisos
calados, adormecidos.
O silêncio da orquestra é ensurdecedor.
Tinge o mundo "indisponível e cinza"
de matizes de vazio...
Também lavo a cara
com as águas de dentro
para lamentar o fim da festa
enquanto as estrelas
procuram seus cantos
num céu que se debruça sobre a terra
em plena escuridão...