Meu querido Joseph, meu amado, meu Amor.

Enquanto caminho pelos corredores da abadia penso em você e em sua última carta me falando da tristeza que chega dissimulada e traiçoeira querendo te derrubar.

Meu amor querido! Não te deixe atingir pelo mal que te jogam, não te permitas mergulhar nas dores que te rodeiam e impõem, nem te prendas às mãos frias e inertes da inutilidade das esquinas ou do fracasso dos que querem te derrubar.

Você é guerreiro, é forte, invencível em tantas guerras, sabe manusear a espada para vencer a tristeza, a desesperança, o medo, os açoites da vida e as incertezas que o mundo acalenta como destino para a humanidade.

Lute! Não pare nunca! Não desista!

Lembre-se sempre que o antídoto para vencer a tristeza, a dor, o sofrimento é o Amor! E nunca esqueça: você é um homem muito amado! 

Estou sempre aqui, elevando-te ao céu em minhas preces e pensamentos de amor.

Tua querida Marie.
Saint Michel, 28 de novembro de 1889