Não quero viver a mentira dos sonhos.
Não me outorgue me enganar
com sua presença
se és pura e real Solidão.
Prefiro voltar para minha concha
e deixar que os olhos se encham de areia
e o coração de escamas, musgos e líquens
a encobrir seus tesouros e descobertas.
Como manter aceso o candeeiro
que vosmicê teima
em mergulhar na água para apagar?
A mim não me falta coragem
para reconhecer a morada de Sol
que é o meu coração.
E nada me demove de viver
com intensidade e profundidade
o Sonho que em mim é eternidade.