São as passagens de espelho diante dos olhos
que irradiam estrelas na janela do tempo profundo.
É esse estar rutilante que se esconde
entre os sentimentos esquecidos do Sol,
nas emoções contidas no tempo do tempo.
Um véu nebuloso cobre os olhos na noite
que avança como uma enorme cauda de cometa.
Atrás deles o mistério da vida que a si mesma se refaz,
que é milagre e silêncio de sementes.
Na retina profunda, constelações radiosas de vida
pulsam serenidade e paz
entre almejos embasbacados
de fogos de artifício a eclodir no toque de pele.