O olhar se perde na chama da vela
que trepida sentimentos - a povoar a alma -
sobre as linhas e entrelinhas do poema.
A língua do mistério, o enigma da palavra
se desenha no verso deixando rastros
e mensagens na parede de minhas cavernas.
Mãos trêmulas, percorrem a tez amada
em carícias de vento.
E inventam flores de palavras,
para tocar os lábios do Amor
com pétalas de auroras iluminadas...
É o fruir do nosso amor
tecendo remansos de paz em nossas vidas.
A alma alcança a quietude e o silêncio dos rios
que, felizes e contentes, desaguam
- mãos dadas, lado a lado -
no mar de sonhos e doces marés...
Imagem: Mônica Luniak