Vasculho a alma em busca de palavras
que expressem o sentir desmedido.
A poesia desponta sozinha,
como um lírio a brotar do chão.
Mas sempre insuficiente...
pouco, para tanto sentimento expressar.
Queria o poema colorindo-se de alegria,
aceso como um candeeiro
nas mãos do poeta de luzes,
pássaro a voar em céus
depois das tempestades.
Queria cantar o poema
com minhas mãos de piano,
violino no telhado e
a felicidade no coração...
como o som do crepitar
das chamas na lareira
a aquecer os corpos enlaçados
em ternuras de amor e paixão.