E no silêncio absurdo das necessidades
tantas longitudes foram escritas e desenhadas
para que mapas fossem possíveis
à volta de um Sol que partiu ao longo dos tempos
sem nunca olhar para trás.
Via-se apenas, o vermelho de seus olhos
deitando-se no horizonte enquanto ainda não sabia
se ia ou se ficava iluminando o meu dia...
E tantas flores aveludadas de palavras
também passaram como passam os dias
e caem as folhas do calendário na parede.
Milhões de rascunhos no coração foram guardados
para que olhos de céu nunca os tocassem.
E tantos outros jogados pelas janelas da alma
num recanto de estrelas
para lembrar o que nunca foi esquecido...
E, hoje, na tarde silente de melodias,
nossos olhos não precisam palavras
para expressar o sentimento
que cresce e se fortalece no coração...