Não há como ser indiferente às estrelas,
diante do espelho d'água que caminha
sobre o cais dessas areias de lembranças.
Ecoam pele e calor sobre as espumas
translúcidas e amalgamadas de sonhos.
No embalar da chuva e cabelos ao vento
vejo-te pássaro dos eternos,
o poema em tuas asas
- vestido de púrpura e luz.
É assim que o torpor das ondas chega ao meu céu
e ilumina - com tua voz de menestrel -
meu pergaminho do tempo...