É em minhas mãos que caem
os açoites desse pêndulo de silêncios
ativado entre tantas Eras vividas.
E me calo, perolada de dizeres
que não acham mais metáforas
para se expressar.
É o teu profundo silêncio
que faz chover chuva
em meus pra dentro
e nascer a mudez em meus olhos.
Havia uma voz
que de longe brilhava?
E o que a fez se apagar?
Mãos em prece,
agora, imploram
para que não mais se cale,
mas que derrame
a paz e o amor
de sua luz interior.
Mas, é em minhas mãos
que ainda caem
os açoites
desse pêndulo de silêncios...
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