Não sei remar uma canoa,
mas tenho habilitação
para migrações interiores.

Me enlevo em areias
clandestinas e grietas
que me levam aonde ninguém vai...

Sou barco ido, buscando o seu cais,
no perdido dos sonhos.
Brisa indulgente,
sem parâmetros
pra saber se sim... se não...

então deixo o tempo passar.
Vivo o momento...
Que as horas voem,
mas que não me falte você,
pássaro de luz,
pra me aprender e ensinar...