O cheiro de estrelas
que paira sobre a bruma da noite
desperta a pureza ínclita do poema.
Indubitavelmente me rendo
ao sabor inigualável
das sendas deste farol.
Me entrego, cândida e solícita,
aos hieróglifos que dançam
as marés do peito...
Que a fome de estrelas
se agigante na retina dos olhos,
pois a alma de antão
se desenha no papel em branco...
Pintura: Anna Razumovskaya