Continuo aqui. Vivendo quem sempre fui.
Respirando a brisa de dentro,
sendo o vento a acariciar a folhagem da árvore,
o rio que passa e deixa suas águas molharem a Paisagem.
Levo vida em meu bafejar de poemas.
Carrego certezas nas linhas e também nas entrelinhas
e o amor nas poças de chuva que deslizam do canto dos olhos.
Sou quem sempre fui.
A Maria que pousou suas asas em seu jardim de luz,
que deixou sementes, todas elas,
as que brotaram e foram guardadas neste jardim
e a geração que foi queimada e jogada no esquecimento.
São nove vezes dois sopros
dos lábios que te beijam com calor...
trinando nas ondas que levam
o som dos sinos da Catedral do Coração
para ser guardado - eterno -
em nosso Relicário do Amor.
Foto: Maria