Essa história foi publicada no blog em 2006. Mas eu perdi o primeiro ano de publicação do blog. Então vou contar a história de memória.
Você estava no banheiro, com a porta aberta, e como sempre me chamava para conversar. Tinhas cinco anos na época. Eu peguei uma cadeira e sentei na frente da porta do banheiro porque sabia que a conversa ia demorar. Então você perguntou:
- Mamy, onde está minha semente?
- Que semente?
- Aquela que a mulher pega pra fazer bebê!
Fiquei sem fala. Só olhando para ti... Pensando no que responder. Mas antes perguntei o por que da pergunta. De onde você tinha tirado essa história de semente?
Entao você me contou que a pergunta surgiu quando estávamos nos teus padrinhos em Mato Preto - São Bento do Sul e que antes de irmos para casa tinha o banho para tomar (Verdade, eram sete pessoas ao todo para tomar banho em pouco tempo. Nós, para irmos para casa e eles para irem na igreja).
E aí você continuou que, para apressar o banho de todos, colocamos você no chuveiro para tomar banho rápido enquanto o nosso afilhado Rafa (12 anos) se trocava do lado de cá do box. Então ele te disse:
- Júnior, não esquece de lavar bem o teu pingolino, porque é ali que está a semente que a mulher pega pra fazer bebê.
Bah! E agora eu é que tinha de te dizer em que lugar do teu pingolino estava a semente que a mulher pega pra fazer bebê.
Não sabia como falar, explicar. Lembrei que a mãe do Rafa sempre me dizia:
- Fala a verdade comadre, sempre a verdade.
Então respirei fundo, olhei pra ti - com cinco anos de idade - e falei:
- A semente está nestas duas bolinhas que tu tem perto do teu pingolino (eu usei a palavra correta). Elas se chamam testículos. E dentro de cada uma delas estão as sementes que a mulher pega pra fazer bebê.
Você se olhou, se olhou... e disse:
- Ah! Tá!
E pronto, encerrou a conversa comigo. Estava satisfeito com a resposta. Sabia, agora, onde estava tua semente, aquela que a mulher pega pra fazer bebê.
Liguei para a comadre e contei a história. Ela me disse:
- Viu? Eu te disse. Fale sempre a verdade.
E eu falei. E você não perguntou mais nada... por um tempo... mas, aí já é uma outra história.