Queria ser esse lago, plácido e parado.
Esse lago onde voa a pedra branca,
deixando um rastro de voz em teu sangue
e sabor de ninhos e florestas em tu'a garganta.
Que eu fosse um pássaro ou um sino,
no alto das ermidas bimbalhando,
um canto de lírios azuis e estrelas,
no céu do teu peito, Querido, ecoando...
Que morresse o silêncio em meus pra dentro,
E amanhecesse a voz em mim, como a do rio,
Que desce a montanha cantando com o vento
Libertando-te do medo, angústia e do baixio*.
Que te abraçasse, de brandura, o sentimento...
E o meu Amor Eterno te enlaçasse como um fio.
* perigo